quinta-feira, 7 de abril de 2016

Obras - Romances

ROMANCES


Dias na Birmânia (1934) - Nota 3,9 no site Skoob

 
  John Flory não esconde sua impaciência para com a vida de madeireiro na Birmânia (atual Mianmar) dos anos 1920, quando o remoto país asiático era uma colônia britânica.No clube de brancos racistas e bêbados que freqüenta, Flory é considerado um bolchevique por ser amigo dos “negros”, isto é, os nativos do lugar. “Expressar-se livremente é impensável”, diz Flory, sobre a miserável existência na colônia.“Você é livre para virar um bêbado,ocioso, covarde, maledicente, fornicador; mas não é livre para pensar por si mesmo.” Apesar de não esconder sua estreita amizade com o médico local,um indiano honesto e dedicado, Flory demonstra relutância em defendê-lo abertamente, junto aos membros do clube europeu, contra as calúnias de U Po Kyin, magistrado nativo corrupto e ambicioso. 
  A chegada de Elizabeth, uma jovem inglesa casadoira, faz o calejado administrador enxergar sua única chance de construir uma vida digna e feliz. Mas o angustiado Flory, um dos mais complexos e apaixonantes personagens modelados pelo gênio de George Orwell, parece não ter o poder de mudar o rumo dos acontecimentos.




A Filha do Reverendo (1935) Nota 4,0 Skoob

  A Filha do Reverendo conta a história de Dorothy Hare, a filha de um Pastor, cuja vida é virada de cabeça para baixo quando ela sofre um ataque de amnésia. É o romance mais experimental de Orwell, com um capítulo inteiramente escrito em forma dramática, no entanto não ficou satisfeito com o resultado e deixou instruções para que após a sua morte o romance não voltasse a ser reimpresso. 



A flor da Inglaterra (1936) - Nota 4,2 Skoob

 

Mesmo não tendo dinheiro, eles viviam mentalmente no mundo do dinheiro - o mundo em que dinheiro é virtude e pobreza é crime.

  Londres, 1934. Gordon Comstock declara guerra ao "deus-dinheiro". Chegando aos trinta anos, maltratado pela pobreza e com aspirações poéticas muito mais altas que a sua capacidade de realizá-las, ele desiste de um "bom emprego" em uma agência de publicidade para se tornar um modesto vendedor de uma pequena livraria. Sempre na míngua de dinheiro, mas orgulhoso demais para aceitar empréstimos de um amigo rico, Gordon inicia um declínio rápido e aparentemente sem volta ao inferno da pobreza extrema e da solidão que ela acarreta. Nos quartos de pensão esquálidos que habita, bem como por toda parte do mundinho medíocre da classe média baixa, Gordon topa a todo instante com uma planta doméstica que ele elege símbolo dessa ordem injusta, vazia e massacrante: a aspidistra.




Um Pouco de Ar, Por Favor!  (1939) - Nota 3,9 Skoob


  A 1ª Guerra Mundial, 18 anos como vendedor de seguros de vida e o casamento com a melancólica Hilda, haviam deixado apenas um sabor de morte na vida de George Bowling... Tais circunstâncias aliadas ao medo de uma nova guerra, levaram a sua mente a recuar e a refugiar-se na paz de sua infância, vivida em uma pequena cidade do interior. Porém, a viagem de volta levou-o a desiludir-se por completo, pois mais uma vez chapinhou no lodaçal da rotina, da frustação e da abaladora confusão, tendo agora - por acréscimo - a sombra ameaçadora de 1984 agigantando-se à distancia. 



A revolução dos Bichos ( 1945) - Nota 4,4 Skoob 


Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. 

  Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20, "A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos
  Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A Revolução Dos Bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. 



1984 (1949) - Nota 4,6 Skoob


 
Guerra é paz
Liberdade é escravidão
Ignorância é força


  Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
   Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos. 




 

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